Um tema atual e necessário

A temática do 25° Enancib não poderia ser mais relevante para os tempos atuais. Vivemos em um cenário global marcado por profundas desigualdades, crises ambientais e desafios socioeconômicos que exigem uma verdadeira mudança de paradigma.
O desenvolvimento sustentável exige, antes de tudo, uma transformação nas estruturas de poder, no modo como produzimos e compartilhamos conhecimento e na maneira como reconhecemos e garantimos os direitos de todas as pessoas e comunidades, especialmente as mais vulneráveis.
A noção de direitos difusos – ou seja, aqueles direitos que pertencem a coletividades, como o direito ao meio ambiente equilibrado, à saúde, à educação e à diversidade cultural – também é essencial para o desenvolvimento sustentável. Esses direitos precisam ser protegidos e promovidos coletivamente, pois são fundamentais para a preservação das futuras gerações.
E para que a informação cumpra seu papel transformador, é fundamental que ela seja acessível e respeite as diversas cosmovisões que existem ao redor do mundo, especialmente as que foram historicamente marginalizadas e silenciadas. A decolonialidade não se limita a um campo acadêmico ou teórico: ela se manifesta na prática cotidiana, na forma como as políticas públicas são desenhadas, na maneira como nos relacionamos com o meio ambiente e, sobretudo, na garantia dos direitos das populações que ainda enfrentam as marcas do colonialismo e da exclusão.
Em suma, o tema do 25° Enancib traz uma valiosa oportunidade para aprofundarmos o debate sobre como a informação e o reconhecimento de múltiplas formas de saberes, associados à defesa dos direitos difusos, podem contribuir para um horizonte de desenvolvimento que seja sustentável, inclusivo e emancipador.